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Corpo e espírito

Olá gente!

Estamos às vésperas do Natal, uma época em que as pessoas falam muito no tal “espírito de Natal”, que seria uma disposição generalizada para o bem, à gentileza e o amor. Na teoria. Na prática, a história é outra. Pessoas se acotovelando no comércio, disputando quase à tapa o último Chester da prateleira do mercado ou aquele presente desejado pela maioria. De espírito natalino de verdade, pouco se vê.

Dia desses, explorando as funcionalidades de um aplicativo para celular que fornecia diversos tópicos com assuntos de interesse popular, entrei em todos para ver as opções e dois tópicos me chamaram atenção em especial: Religião e espiritualidade e Saúde e boa forma. No primeiro, só três opções disponíveis. No segundo, nem consegui contar. E o mais chocante é que 90% não tinha nada a ver com saúde mesmo, só com “boa forma”.

Estamos cada vez mais preocupados com a embalagem e cada vez menos com o conteúdo. E confundindo boa forma (e por boa forma aqui leia-se beleza padronizada) com saúde.

Quanto ao corpo, penso que é bom, aconselhável ter uma boa forma, mas boa forma significa controlar o peso, se alimentar de forma saudável, se exercitar tanto quanto possível, dormir bem. Também não custa ter algum cuidado com a beleza. Mas a vaidade em excesso, a preocupação demasiada com o corpo, o desprezo por quem não segue a mesma doutrina é tão doentio quanto o desmazelo total.

E quanto ao espírito, penso que devemos cuidar mais dele. Não falo sobre religião, falo sobre espiritualidade. Conceitos comuns a todas as religiões como fraternidade, amor ao próximo, gentileza, solidariedade, paz interior. Buscar esse equilíbrio entre cuidar do corpo e do espírito é a base de uma vida saudável.

De acordo com as minhas crenças, os preparativos para as festas de fim de ano deveriam ter um foco maior na união das famílias, na confraternização entre as pessoas, no amor compartilhado. A mesa farta é um fator que agrega, mas precisamos mesmo de todas aquelas regras, comidas específicas, fartura e exagero ou seríamos igualmente felizes reunidos ao redor de uma mesa onde houvesse o básico para todo mundo? Como podemos ser felizes em torno de exageros que levam ao desperdício enquanto do outro lado da rua nosso vizinho não tem nada para celebrar?

Além disso, o “espírito natalino” de nada serve se não for alimentado e reproduzido ao longo do ano.

Essas questões sempre me incomodam um bocado. Tanto que em geral fico deprimida nessa época do ano. Vejo muita discrepância entre o que as pessoas falam e o que elas fazem. Eu inclusive, pois poderia fazer muito mais. E isso me entristece. Mas quando a família se reúne eu deixo a tristeza de lado e aproveito a companhia dos que estão comigo.

E é essa a reflexão que faço a vocês. Estamos cuidando bem do nosso espírito? Estamos buscando o equilíbrio? Os cuidados com a nossa saúde são mesmo questões de saúde ou só vaidades?

Que todos nós encontremos nosso equilíbrio. E que sejamos felizes no ano que logo se inicia!

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