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Lenine já dizia que “mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma” e “até quando o corpo pede um pouco mais de alma”, “A VIDA NÃO PARA”.

Desde que fui diagnosticada com Esclerose Múltipla, essa é exatamente a sensação que tenho: a vida não espera, a vida não para!

Tive um primeiro surto bastante complicado, pois tive muitos sintomas diferentes e severos (aqui conto um pouquinho sobre esses sintomas), e isso fez com que eu precisasse de tempo para me recuperar.

A pulsoterapia fez o trabalho dela, diminuindo muito os meus sintomas. Mas para diminuir as chances de sequelas, fiz também fisioterapia e fonoaudiologia por cerca de dois meses.

Além disso, ganhei um presentinho de grego na pulso: um surto psicótico! Esse é um efeito colateral do corticoide muito raro, mas possível (não vou me estender nesse assunto agora, pois pretendo contar especificamente sobre essa fase da minha vida em um post específico. Fiquem ligados!!! wink).

Então, além de ter que lidar com o diagnóstico, as visitas aos médicos, os inúmeros e tortuosos exames e a burocracia dos remédios, ainda tinha a reabilitação e o tal surto psicótico. E, enquanto tudo isso acontecia na minha vidinha, até então, “normal”, todo o resto continuava “correndo”.

Ou seja, a vida não parou para que eu me reestabelecesse, para que eu aprendesse sobre a doença, para que eu me acostumasse com minha nova condição de esclerosada.

E, até hoje, a vida não para quando tenho um novo surto, quando me sinto extremamente fadigada, quando minha depressão (consequência do surto psicótico) resolve dar as caras, quando meu estômago se contorce por causa do tratamento, quando minhas pernas pesam ao ponto de quase não conseguir ir sozinha ao banheiro, quando… quando… quando.

Caso resolva não aparecer no escritório (pelo menos tenho essa possibilidade!), meu trabalho estará lá me esperando, acumulado, no dia seguinte; minhas contas vão continuar chegando e vencendo nos dias programados; meus amigos vão continuar se reunindo sem a minha presença; minha querida afilhada vai continuar crescendo pelas semanas que ficar sem vê-la; e minha família vai ficando cada dia mais preocupada com o meu tempo, que vai passando.

Mas na balança da vida, que não para – novamente citando Lenine e Dudu Falcão -, é preciso ter “um pouco mais de paciência” e entender que, mesmo perdendo um pouco de tempo, com estas "pausas", estaremos ganhando vida.

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