A importância da informação

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Olá queridos, td bem?

No meu último post aqui, Combate à ignorância, eu falei sobre a necessidade de nos informarmos sobre a Esclerose Múltipla ou qualquer outra doença, não só nós que sofremos com ela, mas também as pessoas que nos cercam, para que nos entendam e também nos ajudem.

Pois bem, hoje vou reforçar essa ideia contando para vocês uma historinha sobre o meu diagnóstico.

Foi assim: Fizemos uma mudança para a casa da minha sogra pois iríamos reformar nossa casa. Trabalhei bastante neste final de semana, carregando coisas, móveis, tudo. No final de semana seguinte, comecei sentir minha perna pesada e uma dor no quadril, achei obviamente que era resultado da mudança. No outro dia havia uma romaria em nossa cidade e, como todos os anos, fiz o percurso de pouco mais de 4km. Na chegada, senti um cansaço avassalador. Estava muito quente, novamente não dei muita importância.

Mas no outro dia, no trabalho, me sentia tonta, não conseguia escrever em linha reta, estava distraída, cansada. Resolvi ir no PA.

No PA, o médico me “diagnosticou” uma labirintite, me receitou um remédio, me deu um atestado. Mas como era a 4ª vez em pouco tempo que eu e queixava das tonturas, ele me aconselhou a procurar um neurologista ou otorrino, com bastante ênfase no otorrino.

Foi o que eu fiz. O otorrino me pediu uns exames de sangue e eu fiz. Também notou um desvio em minha coluna e pediu um raio X. No retorno, ele constatou que meus exames de sangue estavam normais e o raio X acusava um desvio, mas que não era tão importante pra causar as tonturas, nem o formigamento que a essa altura já tomava conta do meu braço, além da perna. Me recomendou procurar um neurologista.

Com a ajuda de uma amiga enfermeira, que trabalha na coordenadoria da saúde, à pedido do meu marido, consegui marcar uma consulta pra semana seguinte. Mas nesse meio tempo, essa amiga foi me visitar. Ela pôs o olho em mim e disse que não iria esperar pela consulta, me colocou no carro dela e me levou, ela mesma ao PA. Lá ela entrou primeiro no consultório e conversou com o médico sobre as suspeitas dela, depois o médico já e fez exames mais específicos e providenciou minha internação para exames de imagem.

Ainda precisei de quase um ano para o diagnóstico definitivo, mas não fosse minha amiga Marta ter conhecimento sobre Esclerose Múltipla e seus sintomas, se eu dependesse exclusivamente dos médicos do plantão, ou mesmo dos neurologistas do hospital, (que cá pra nós, melhor nem comentar) eu poderia estar até hoje sem diagnóstico, sem tratamento e com sequelas muito mais graves.

Devo muito à Marta, ao conhecimento dela e também à sua disposição de me ajudar, sua solidariedade, não só naquela ocasião, mas muitas outras vezes depois.

Por isso, meus amigos, bato tanto nessa tecla: informação é tudo!

Eu tô fazendo minha parte, por mínima que seja. Procuro, ao contar minhas experiências, trazer luz para quem ainda tá no escuro sobre seu diagnóstico, ou pelo menos, mostrando um caminho onde procurar por informações.

E você, também faz a sua parte? Não se esconda! É difícil se expor, falar abertamente sobre nossas limitações, mas asseguro-lhes que é muito importante e compensador!

Beijos no coração de vocês!

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