A DIABETES “TIPO 1” E UM ADOLESCENTE INCRÍVEL

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Olá, Amigos Múltiplos…

Hoje eu vou apresentar um amigo que conheci em uma pequena viagem para o interior de Minas Gerais – Ponte Nova!

David tem 15 anos e descobriu ter o diabetes, tipo 1. O que é isso? Bem, O diabetes mellitus tipo 1 (DM1) é uma doença crônica. Ela se caracteriza pela destruição parcial ou total das células β das ilhotas de Langerhans pancreáticas. O que isso significa? Quando esse “ataque às células” acontece, o resultado acarreta na incapacidade progressiva do organismo em produzir insulina. Esse processo pode demorar quase nada para acontecer ou levar anos, depende de cada pessoa. A clínica só aparece após a destruição de pelo menos 80% da massa de ilhotas. Inúmeros fatores genéticos e ambientais contribuem para a ativação imunológica que desencadeia esse processo destrutivo. Grave, não é?! Pois bem, para David, ter sabido ser possuidor de doença tão agressiva foi sinal de mudança radical de hábitos que ele só conseguiu por conta do Diabetes. Antes de descobrir a doença, David era obeso, não tinha muito ânimo para brincar, não praticava esportes, tinha vergonha do seu corpo, entre outras coisas. Depois do Diabetes, ele precisou mudar de vida para salvar a sua vida! Evidente que toda essa mudança é muito mais simples quando o entorno – família, principalmente – chega junto, apoiando, mas a decisão, mesmo com um suporte familiar como o do David, só é possível se vier de dentro para fora. Quem já passou por isso sabe como essa mudança nos faz enxergar um mundo melhor. Mas espera aí… Como assim um mundo melhor, doente?  Eu e o David, encontramos na doença a porta de entrada para a saúde. E fizemos da doença a nossa saúde, e dessa saúde, a nossa casa – isso mesmo, moramos na saúde!  Eu e David renascemos das cinzas e encontramos forças gigantes para nos reinventarmos. Imaginem um adolescente de 15 anos, que está começando a descobrir o mundo, tendo a necessidade precoce de se reinventar e ainda por cima admitir que antes ele não era tão feliz quanto agora… Bem, há quem ache isso o fim da picada. Já ouvi, inclusive, que isso é coisa de gente fraca – precisar ficar doente para viver bem! Como somos todos absolutamente diferentes, graças a Deus, cada um tem um caminho próprio para percorrer. E em minha opinião, o mais importante está na forma como esse caminho será percorrido e não exatamente o que nos levou a percorrê-lo de tal forma. Trocando em miúdos, parafraseando Sartre, “não importa o que fizeram com você (ainda que tenha sido você mesmo a fazer com você 😉 ). O que importa é o que você faz com aquilo que fizeram com você”. Eu e David escolhemos e decidimos nos reinventar de forma bacana.

Bom demais ter conhecido um jovem tão potente e maduro diante de uma doença tão grave, que, para muitos, seria razão suficiente para viver o resto da vida se lamentando… Como David não é qualquer pessoa, ele fez disso uma maneira bem saudável de viver! Sinto um orgulho enorme de ter esbarrado com você, David! Obrigada por compartilhar a sua história incrível comigo – quero dizer: com a gente!

Beijos múltiplos em você, David e em todos que me leem agora!

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